Laura

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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A Rotina no Fazer Pedagógico e na Ação Cotidiana

A Rotina no Fazer Pedagógico e na Ação Cotidiana

O estudo das realidades que compõem a rotina de um professor, de um aluno, de uma comunidade e da sociedade em geral é visto, interpretado e analisado por meio de diversos olhares, em decorrência das condições, dos hábitos, dos interesses e da própria de quem está envolvido nessa pesquisa.
A homogeneidade da existência humana, tendo como paradigmas o comportamento diário do indivíduo, que segue, religiosamente, suas crenças e costumes, abandonando suas particularidades, suas idiossincrasias, é vista como um ponto descontínuo, em uma realidade pautada na sequência de atos e fatos do cotidiano.
Não há como se pensar na rotina sob um ponto de vista neutro e imutável e as divergências que se revelam dentro desse conceito são frutos de conflitos ideológicos que se manifestam dentro do padrão de vida de cada indivíduo.
No entanto, a rotina não deve ser vista apenas como uma zona morta, na qual o homem perde sua individualidade; na verdade, a rotina é fundamental para o planejamento e a execução dos trabalhos, das tarefas, das responsabilidades, dos projetos, de todas as ações diárias, mesmo as de longo prazo, que sustentam a base de toda uma vida.
Não se pode pensar em uma ação sem planejamento, sem uma visão antecipada de tudo o que ser feito.
A rotina, na verdade, leva o indivíduo a se planejar, tendo como suporte uma série de ações básicas que lhe permitem, até mesmo, improvisar, sem perder o fio da meada, sem desorganizar o seu esquema de trabalho e de vida. É como um saxofonista que, em meio à performance, executa uma série de fraseados, tendo como base a cozinha – baixo, piano, bateria, sem perder, assim, o compasso da melodia. Torna-se, a rotina, então, a base, a estrutura o contraponto que direciona, que norteia o pensamento, o talento, o improviso e a ação.


Prof. Marcelo Monteiro

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